segunda-feira, 28 de março de 2011

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO: resenha do texto "As causas do comportamento"

O texto “ As Causas do Comportamento” (SKINNER, B.F. Sobre o Behaviorismo. Trad. M.P. Villalobos. São Paulo: Cultirx,2006.), explica por que as pessoas se comportam de determinada maneira, ou seja, como o próprio título já diz, explica as causas do comportamento visto de alguns pontos como o estruturalismo, o behaviorismo metodológico e o behaviorismo radical.
                A explicação de como nos comportamos e como induzimos esse comportamento é um problema, pois tal problema pode ser sempre reduzido a uma questão acerca de causas. Muitas coisas que observamos pouco antes de agir ocorrem em nossos próprios corpos e é fácil tomá-las como causas do nosso comportamento. Os sentimentos ocorrem no momento exato para funcionaram como causas. Esses sentimentos estão na mente e é possível acreditar que o comportamento expresse sentimentos.
                No caso do estruturalismo, não é possível explicar as causas do comportamento, mas sim esclarecer como as pessoas agem. Por exemplo, um tipo de previsão é possível com base no princípio de que as pessoas provavelmente farão outra vez aquilo que fazem com frequência. O estruturalismo não nos diz por que os costumes são obedecidos. Abandona a procura de causas e simplesmente descreve o que as pessoas fazem.
                O behaviorismo se refere ao estudo do comportamento. A observação tornou-se um termo fundamental para essa tendência. O comportamento não era visto mais como uma função biológica, e sim como uma interação entre as ações do individuo e o ambiente.
                O behaviorismo metodológico criticava a natureza da introspecção. Nesse caso o comportamento deve ser observado por mais de uma pessoa e que a verdade a seu respeito é fruto de pesquisas cujos resultados são consensuais entre os pesquisadores. O behaviorismo metodológico exclui acontecimento privados ( as emoções, a consciência, etc.) de uma análise científica, porque não era possível um acordo público acerca de sua validade.
                O behaviorismo radical questiona a natureza daquilo que é sentido, restaura a introspecção. Restaura um certo tipo de equilibrio, não insiste na verdade por consenso. O behaviorismo radical não exclui acontecimento inobserváveis ( as emoções, a consciência, etc.)  simplesmente questiona a natureza do objeto observado.
                O behaviorista metodológico não nega a existência da mente, mas nega-lhe status científico ao afirmar que não podemos estudá-la pela sua inacessibilidade. O behaviorista radical aceita estudar os eventos internos e assim a possiblidade da existência da mente e assemelhados. Para o behaviorista metodológico a existência do mundo e do comportamento, a natureza do conhecimento que tenho deles é a experiência partilhada. Para o behaviorista radical, a evidência de que vejo vocês é meu comportamento, a evidência de que vocês existem também é meu comportamento.

terça-feira, 22 de março de 2011

Morfema

Morfema integra a palavra e é uma unidade mínima dotada de significado. Para reconhecer um morfema temos que levar em consideração o seu significado. Se analisarmos as palavras gato, gatos e gatinho, podemos, facilmente depreender que o elemento comum é -gat e como elementos distintivos temos –o, -os, -inho. As unidades –o, -os, -inho indicam respectivamente singular, plural e diminutivo, todos do gênero masculino. Podemos dizer que  neste caso, ao que diz respeito à ordem, temos morfema lexical e gramatical.
Morfema lexical representa uma significação referente as noções gerais do léxico (ações, designação de seres, conceitos), ou seja, representa a significação externa das palavras. Nos exemplos estudar, estudioso, estudante encontramos facilmente o morfema lexical –estud.
Morfema gramatical representa a significação interna das palavras. Este tipo de morfema é portador de um conteúdo gramatical (gênero, número, afixos, etc.). São as flexões e por esse motivo pode também ser chamado de morfema flexional. Nas palavras casa, casinha, casarão, temos –a, -inha e –arão identificados como morfemas gramaticais.
Voltando ao exemplo do início do texto, gato, gatos, gatinho , o morfema lexical –gat permanece o mesmo e os morfemas gramaticais variam de acordo com a significação específica que atribuem à palavra.
As palavras são estruturalizadas pelos morfemas derivacionais e flexionais. No derivacional novos lexemas são criados a partir de uma base que também é lexical. Flexional é aquele que conserva a palavra numa determinada classe de palavras, é flexionada de acordo com o contexto.
Quanto ao aspecto formal das palavras existem os vários tipos de morfemas: aditivo, reduplicativo, alternativo, zero, subtrativo.
Morfema aditivos ocorre por acréscimo de afixação, que são formas presas por excelência, à raiz. Os afixos são classificados de acordo com sua posição na raiz, são eles: prefixo (vem antes dela. Exemplo: desleal) ; sufixo (depois dela. Exemplo: perdição); infixo (intercalação no interior da base. Exemplo: glorificar); circunfixo (posiciona-se antes e depois da raiz simultaneamente. Exemplo: esclarecimento) ; suprafixo; transfixo.
Morfema reduplicativo nada mais é que a repetição de uma parte o de toda a raiz, no apinajé tak  ‘bater’ = tatak ‘batucar com os dedos’. Morfema alternativo ocorre na mudança da estrutura fônica da raiz, como no inglês read ‘ler’ = read  passado simples de ler, onde somente a pronuncia é alterada para dar outro significado.
O morfema zero é a ausência de uma marca de oposição gramatical, na palavra leitora quando tem a falta do morfema gramatical –a outro significado surge leitor. O morfema subtrativo consiste na mudança do radical para marcar outro traço gramatical, no francês ‘baixo’ tem como masculino bas e feminino basse .